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segunda-feira, 29 de abril de 2013

A experiência espiritual que mudou a minha vida..



Tive a maior experiência espiritual da minha vida. Aconteceu-me algo que mudou a minha história de vida para sempre.

De dois chuchus fiz dois bois; com perninhas de palito de fósforo. As estradas eram marcadas com pedrinhas. Olhei para os lados para ver se achava mais alguma coisa que pudesse me servir de referência para montar minha fazendinha imaginária. Comecei então a “enxergar” a beleza das formas do chuchu e do pimentão que minha mãe tinha um pé de cada espécie plantado no quintal. Comecei a maravilhar-me com as árvores, as cores e formas das flores e pensei:
      
- Essa “casa” aqui é minha e de minha família, (achava) as outras são dos vizinhos! Mas de quem são as árvores da rua? Quem as fez? Nossa! Ele deve ser muito inteligente e rico para fazer tantas coisas lindas e deixá-las na rua. Será que Ele é legal?
      
Era muito o entusiasmo do meu coraçãozinho de cinco anos. Nunca tinha tido tantas dúvidas e sentido tantas emoções até aquele momento de minha existência. Corri o mais rápido que pude na direção onde minha mãe estava e perguntei-lhe:
      
– Mãe, conhece o dono das árvores, do chuchu e das flores? Minha mãe estava fazendo a janta e era já fim de tarde. Nossa “casa” era um cômodo médio cercado de madeirite com uma janela e uma porta de madeira com tremela (tipo faroeste [risos]), minha cama ficava perto da janela, fiquei de joelhos no colchão, coloquei os braços para fora da janela e voltei a maravilhar-me com as cores das flores e as formas das árvores a minha frente - agora recebendo os últimos raios do sol que se punha naquela tarde e minha mãe continuou fazendo a janta e não me respondeu naquele momento. A noite chegou devagarzinho e “segui” o vento que me bateu suavemente no rosto, como se me dissesse:
      
– “Está escuro na terra, olhe para o alto.” E enxerguei uma bola cheia, enorme! Sei que estava brilhante - iluminada. Vi uns pontinhos pequenos ao lado dela que pareciam vaga-lumes. Foi a primeira vez que “enxerguei” um céu acima de mim. Onde será que está à “cordinha” que segura àquela bola iluminada? E os vaga-lumes não cansam de ficar esse tempo todo lá em cima?
      
Mãe! Onde está a cordinha daquele balão? Por que os vaga-lumes foram lá para cima? Você conhece o dono das árvores que te perguntei?
       
“Vem jantar!” Recebi meu prato com a refeição de mamãe, mas minha fome era de respostas. E aí, responde-me!
       
– “Aquilo lá é o céu, menina!” Riu minha mãe. “Não é bola e nem vaga-lume, são a lua e as estrelas. O dono de todas estas coisas é Deus.”
      
Quem é Deus?

Onde ele mora?
      
Ele é rico demais, né?
      
– “Sua comida vai esfriar, come e depois te explico.”
     
Comi o mais rápido que pude.
      
– “Já comeu? Quer mais?”
      
– Não! Quero que me fale quem é Deus!
      
– “Deus é o Criador de tudo o que existe. Sem Ele não há vida. Ele veio recuperar o domínio da terra e nos salvar de um ser muito mal que enganou Eva e Adão; as primeiras pessoas que criou. Aí Ele enviou o filho dEle para nos procurar e salvar. Mas alguns não queriam ser achados, gostavam do mal e mataram o filho de Deus numa cruz.”
       
Meu sangue “ferveu” quando ouvi de minha mãe o que os homens maus tinham feito com o filho de Deus. Senti-me irada e indignada com aqueles homens. Mãe, se o Pai dEle é tão poderoso, porque deixou eles matarem o filho dEle? Por que não o ajudou? Por que não destruiu aquelas pessoas más?
       
– “Ele morreu no lugar de todos os que estavam perdidos. Morreu para ajuntar-nos em um só rebanho. Ele deixou que fizessem isso com Ele. Por isso Seu Pai não o ajudou.”
      
– Que pena que Ele está morto, não vou conhecê-Lo!
     
 – “Não! Ele não está mais morto não Anália. Só ficou na sepultura três dias, depois disso ressuscitou. Ele está vivo de novo!”.
       
Que alegria! Só não dei aleluias e glórias a Deus porque não conhecia essas palavras nessa época. [risos] aos cinco anos e meses.
      
– Quero vê-Lo, onde está?
      
– “Não tem como vê-lo, Ele está de novo com Seus poderes e nós temos pecados. Mas podemos dar-Lhe o 1º lugar no trono de nosso coração, e quando Ele retornar, irá levar-nos para conhecer Sua casa e acabar com os maus.”
      
– Mãe, Deus tem que estar em 1º lugar até antes de você no meu coração?
       
– “Sim, minha filha. O primeiro lugar sempre é de Deus. Sem Ele não existiríamos.” Naquele momento senti minha mãe que, até então era meu “deus”, descer do 1º lugar, do trono imaginário do meu coração, e Deus o Criador ir para o primeiro.
       
Fico maravilhada quando me lembro dessa história e dou glórias a Deus porque minha mãe não se lembra de ter me contado sobre Deus e Sua redenção. Ela já foi espírita e católica idólatra. Em Deus espero a sua salvação. Entendi anos mais tarde que o próprio Deus Se apresentou para mim, atraindo-me para Si mesmo, através das Suas obras na natureza e nos céus. Porque até esse dia eu não sabia que Ele existia.
      
Hoje entendo que ninguém me ama tão intensamente como Deus. E que Ele está sempre por perto me vendo. Sei que não faz acepção de pessoas e a todos faz o convite: “Vem e segue-Me.”   
  (Anália Calixta do livro "Se preocupa com você também)