Uma proposta quase
irrecusável.
Bem no meio de um vendaval
espiritual, emocional e físico - achava-me sozinha em um hospital de Governador
Valadares. Estava com tonteira, coração disparado, princípio de crise de
pânico. Enquanto aguardava atendimento médico - liguei para uma amiga de BH.
“Amiga ‘E’ ore por mim, não
estou bem.” Aí detalhei onde estava e o que estava sentindo. Nesse meio tempo,
ouvi a moça da recepção chamando por meu nome. Despedi da amiga ao celular e
fui consultar.
A doutora me atendeu
educadamente; pelas anotações da enfermeira disse que minha pressão estava
muito baixa e que iria me dar uma medicação e precisaria ficar naquele hospital
pelo menos por três horas em observação. Disse que precisaria ligar para um
acompanhante antes de ser medicada. Liguei para uma amiga a “Su”. Ela
bondosamente, disse que iria a meu encontro. Nesse meio tempo aconteceu-me o
inacreditável.
A Médica começou a fazer-me
perguntas pessoais, aí me disse que o que eu estava sentindo era espiritual.
Que ela própria já havia passado pelo que passei. E só deu uma reviravolta na
vida dela depois que recebeu algumas orações especiais.
“Anália, você me deixa pedir
ao meu pastor para orar por você?” Lembre-se que eu estava com pressão
baixíssima, sem medicação na sala dessa doutora. Pode! Respondi-lhe.
Ela pegou o celular
particular, ligou para um homem e a ouvi dizendo:
“Pastor, tenho um caso
daqueles aqui na minha frente no hospital e preciso que ore por essa pessoa.
Vou passar o celular para ela. ”
Ai a doutora me disse também:
“Faça tudo o que ele te falar.
”
Resumindo, esse pastor se
apresentou ao celular e me pediu para colocar minha mão no coração e fechar os
olhos enquanto ele orava.
Foi tudo muito rápido; de
repente ouvi outra voz me falando:
“Não feche os olhos e nem
coloque a mão no coração como ele te disse. ” Reconheci a voz do meu Adorado.
O pastor começou a oração
dele, mas não sabia que eu não estava fazendo o que me tinha pedido. A doutora
estava na minha frente só observando.
O pastor fez uma introdução
bonita e vibrante na oração - invocando o nome do Senhor, mas logo em seguida
disse:
“Espíritos do mal, saia do
corpo dela.”
Retirei o celular do meu
ouvido nesse momento. E a doutora me falou:
“Volte com o celular para seus
ouvidos, aceite a oração Anália.”
Não senhora, eu só falo amém
em uma oração se eu concordar com o que a pessoa está dizendo e seu pastor está
falando na oração dele que eu tenho demônios. Eu não aceito essa oração por que
meu corpo é templo do Espírito Santo, não tenho e não aceito demônios em mim.
Ok. Dê-me esse celular.
Pastor ela é difícil, tente de
novo.
Resumindo de novo, a doutora
me fez mais algumas perguntas e disse-lhe que trabalhava com música na igreja e
era professora bíblica.
Está explicado, os adventistas
são ótimos em estudos bíblicos, mas são fracos no mundo espiritual. Os demônios
estão furiosos com você e tem de largar esses trabalhos na igreja por que está
fraca e essa é a área que ele mais odeia. Mas reconheço que você é uma
Adventista diferente.
Ai, sim aconteceu o que jamais
esperava na minha vida.
“Anália entenda bem.” Disse-me
a doutora. “Você é especial assim como eu sou. Se você for para a minha igreja,
você será ordenada pastora, e gravará um cd. E tem mais, poderá fazer qualquer
concurso público e passará sem estudar. Eu fiz um, esses dias e passei em
primeiro lugar e nem peguei no caderno. Largue seu marido, porque ele não vai
voltar aos caminhos do Senhor, não vai mudar. Eu tenho outra família hoje e
você terá também. Mas terá de sair da igreja Adventista. O que acha?”
Pegou um papel e escreveu o
nome da igreja dela, o telefone dela e o do pastor e me entregou. Vou te
medicar e depois me dá a resposta. Não terás outra chance dessas, pense bem. ”
Alguém bateu a porta. Era
minha amiga (Su) que tinha chegado e a enfermeira a encaminhou onde eu estava.
Fui medicada e apaguei por mais de duas horas por causa da medicação.
Outro médico me atendeu, a
doutora teve uma emergência. Tive alta e fui embora cambaleando com essa amiga
me escorando para a casa dela. Apaguei de novo.
Quando despertei já era noite
e ela ao ver que eu estava melhor - disse que meu celular estava tocando tanto
que ela atendeu. Era uma amiga de BH desesperada para saber como eu estava.
Aí vem algo mais chocante!
No início dessa história
lembra que eu tinha dito que me despedi da amiga de BH para ir consultar? Pois
bem, minha amiga pediu para eu ligar para ela através da amiga “Su” assim que
estivesse me sentindo em condições.
Liguei.
“Anália, o que foi aquilo com
você e aquela medica?”
Como assim? Não estou
entendendo.
“Ora, eu ouvi tudo o que ela
te falou. Ouvi-a pedindo para você aceitar a oração de um pastor. E nesse
momento eu e meu esposo nos ajoelhamos e começamos a interceder por você -
porque sentimos que aquela situação não era de Deus. Você está bem?”
Fiquei pasma. Eu havia
desligado o meu celular. Mas Deus permitiu ela ouvir toda a consulta a mais de
300 km de distância de um celular simples dentro da minha bolsa. Do livro: Com Dna restaurado de Anália Calixta