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terça-feira, 24 de abril de 2018

Aroldo Novais Calixto



Após nosso batizado na igreja católica, nossa mãe nos colocou em um banco assentados; Adélia três anos; Aroldo um ano e meio e Anália com quatro anos - para registrar aquele momento com uma foto. É claro que não sabíamos a seriedade de um batismo, éramos muito imaturos. Enquanto o fotografo arrumava seu equipamento, meu irmão Aroldo muito pequenino começou a se impacientar, estava firmando seu corpinho com as mãos por trás das costas dele, mas viu nossa mãe, quis sair e eu segurando-o e começou a chorar. Senti um amor tão grande por ele naquele momento que desejei cuidar dele, mesmo tendo só quatro anos.

Anos se passaram e por providência divina fui adotada pela família Novais Rubens e Núbia; mas nunca me esqueci dele. Quase não via nossa mãe biológica depois da adoção, mas sempre estava orando pelo Aroldo em especial. Quando ficou gravemente doente, Deus me fez saber e lutei até com as forças das trevas em orações e jejuns para que Deus revertesse seu quadro clinico e espiritual.

Sexta-feira estava na chácara em Ilha Brava/Bagari e ele me ligou quase as 20h para dizer que ganhou uns peixes e que havia pensado em mim e perguntou se eu queria. Disse que sim, mas não tinha como buscar naquele momento. Ele saiu do bairro Vitoria e foi até Ilha Brava só para levar o peixe para mim. Estava cansado e com fome depois de um dia de trabalho, mas não mediu esforços. 

“Olha, o peixe maior separei para você.” Fiquei emocionada.

Sinto-me muito feliz em ter um irmão trabalhador, honesto, generoso, que posso ligar a qualquer hora da noite que me atende. Sempre oro por você, até nas madrugadas. Desejo que tenhas paz. Que sejas mais feliz, porque já sobrevivestes a muitos sofrimentos nessa vida. Apegue-se ao Senhor a cada dia, Ele é a nossa força e a solução final. Te amooooo Anália Calixta