Observei uma família grande, onde apenas
uma filha não voou do ninho. Ela não estudou. Trabalhava só em casa. Não namorou
com alguém que a assumisse. Era um excelente “filhote”, mas não quis sair do “ninho.”
Estava contente com aquela situação, mas a crise da morte chegou. Seu pai
faleceu e pouco tempo depois a sua mãe. E agora? Ela não tinha direito a pensão
dos pais que cuidava pois já tinha mais de trinta anos. Consegue imaginar o
aperto dessa jovem ao ter de aprender a voar depois de madura?
Uma casa com filhos é cheia de
barulho, vida, alegria. Um lar sem os filhos é silencioso. Pense em um “ninho”
cheio de ovos. Essa imagem remete a satisfação e a esperança. Esperança de que
novas vidas surgirão a qualquer momento. Vidas novas surgirão para ser
alimentadas, cuidadas, treinadas para andar por si mesmo. Procurar seu próprio alimento.
Voar com suas próprias asas. E repetir o ciclo de procriação da vida.
Agora pense na alegria extrema nos
filhos ao deixar o “ninho” dos pais para estudar fora do estado ou em outro
país ou até mesmo se casar. Pense também na tristeza da mãe e do pai ao ver
seus filhos “voando” para longe do “ninho/família.”
Em determinado momento até os
filhos vão sentir faltar do antigo ninho aonde tinham as necessidades básicas supridas
pelos progenitores. Agora, eles têm de se tornar provedores. Mesmo com o auxílio
dos pais em caso de estudos, a “cruz” de se tornar independente bate à porta da
nova fase de vida iniciada com várias responsabilidades.
É horrível ver lares onde os pais
superprotegem os filhos e esses são tratados como se fossem eternos bebês. Sendo
sangue sugas dos recursos dos pais. E quando os mesmos falecerem, o que será
desses filhotes? Irão se tornar gigolôs?
Faz parte da vida o ninho ficar
vazio para que os filhotes possam formar a sua própria ninhada. Aos pais que não
aceitam essa fase da vida de seus filhos. Vai ajudar bastante se lembrar que você
tem filhotes porque um dia deixou o ninho de seus pais.
Lembre-se: A gente termina a vida quase
do jeito que a começa; com Deus o Criador nos trazendo a existência através de
nossos pais. E podemos termina-la sozinhos afastados do Deus da vida.
Aprenda a ser feliz consigo mesmo. Feliz
pelo ato de existir. De ser alguém inigualável, mesmo que tenha clones por aí;
a tua digital é única.
Sozinho na multidão ou em casa;
aprenda a se amar que gostarás da sua própria companhia. Aprenda a voar sozinho
e em grupo. Aprecie esses momentos. Só Deus o Criador tem condições de acompanhar
os Seus filhos aonde quer que for. Mensageira de louvor e pregadora -Anália
Calixta