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segunda-feira, 1 de abril de 2019

"Ninho vazio"


Observei uma família grande, onde apenas uma filha não voou do ninho. Ela não estudou. Trabalhava só em casa. Não namorou com alguém que a assumisse. Era um excelente “filhote”, mas não quis sair do “ninho.” Estava contente com aquela situação, mas a crise da morte chegou. Seu pai faleceu e pouco tempo depois a sua mãe. E agora? Ela não tinha direito a pensão dos pais que cuidava pois já tinha mais de trinta anos. Consegue imaginar o aperto dessa jovem ao ter de aprender a voar depois de madura?

Uma casa com filhos é cheia de barulho, vida, alegria. Um lar sem os filhos é silencioso. Pense em um “ninho” cheio de ovos. Essa imagem remete a satisfação e a esperança. Esperança de que novas vidas surgirão a qualquer momento. Vidas novas surgirão para ser alimentadas, cuidadas, treinadas para andar por si mesmo. Procurar seu próprio alimento. Voar com suas próprias asas. E repetir o ciclo de procriação da vida.

Agora pense na alegria extrema nos filhos ao deixar o “ninho” dos pais para estudar fora do estado ou em outro país ou até mesmo se casar. Pense também na tristeza da mãe e do pai ao ver seus filhos “voando” para longe do “ninho/família.”

Em determinado momento até os filhos vão sentir faltar do antigo ninho aonde tinham as necessidades básicas supridas pelos progenitores. Agora, eles têm de se tornar provedores. Mesmo com o auxílio dos pais em caso de estudos, a “cruz” de se tornar independente bate à porta da nova fase de vida iniciada com várias responsabilidades.

É horrível ver lares onde os pais superprotegem os filhos e esses são tratados como se fossem eternos bebês. Sendo sangue sugas dos recursos dos pais. E quando os mesmos falecerem, o que será desses filhotes? Irão se tornar gigolôs?

Faz parte da vida o ninho ficar vazio para que os filhotes possam formar a sua própria ninhada. Aos pais que não aceitam essa fase da vida de seus filhos. Vai ajudar bastante se lembrar que você tem filhotes porque um dia deixou o ninho de seus pais.

Lembre-se: A gente termina a vida quase do jeito que a começa; com Deus o Criador nos trazendo a existência através de nossos pais. E podemos termina-la sozinhos afastados do Deus da vida.

Aprenda a ser feliz consigo mesmo. Feliz pelo ato de existir. De ser alguém inigualável, mesmo que tenha clones por aí; a tua digital é única.
Sozinho na multidão ou em casa; aprenda a se amar que gostarás da sua própria companhia. Aprenda a voar sozinho e em grupo. Aprecie esses momentos. Só Deus o Criador tem condições de acompanhar os Seus filhos aonde quer que for. Mensageira de louvor e pregadora -Anália Calixta