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terça-feira, 30 de agosto de 2016

“Pula da moto.

As 6h20min acordei com muito sono - depois de um sonho ruim e nem quis dormir mais. Ocupei minha mente resolvendo várias coisas; orei, porque estava com uma sensação de que algo ruim estava para me acontecer.

A tarde minha irmã ligou pedindo para eu comprar frauda descartável para nossa mãe. As 15 horas sai de casa para resolver isso. As 18 horas tinha um estudo bíblico para ministrar, então me programei para fazer várias coisas e a penúltima seria passar na casa de uma amiga, a Gleize Silveira para conversar e orar. Depois iria lecionar cursos bíblicos. Porém, aconteceu-me algo terrível; imaginável, quando estava a caminho da casa dela.

Depois de trafegar por algumas ruas do bairro de minha mãe - precisava subir um morro bem aclive; geralmente acelerava e subia na quarta marcha da moto Bull - tranquilamente, após ter adquirido velocidade na rua de baixo; porém, assim que estava acelerando para subi-lo, percebi que um caminhão baú havia virado no cruzamento e subido esse mesmo morro segundos antes de mim e como a rua é de sentido duplo, sem permissão para ultrapassar; diminui a marcha e subia lentamente atrás do caminhão, quando no meio do morro, de repente:

- Fiquei aterrorizada ao perceber que o caminhão começou a voltar. Com pouca experiência de trânsito, comecei a gritar para o motorista, avisando que estava atrás dele, para frear; mas não me viu e nem me ouviu. Foi tudo muito rápido, e à medida que o caminhão vinha em minha direção, sabia que ia ser esmagada; porém, por três vezes seguidas ouvi:

“Pula da moto. ” “Pula da moto. ” “Pula da moto. ”

Quando percebi que ia ser esmagada pelo caminhão com moto e tudo; na terceira ordem; pulei da moto a esquerda e cai no chão. Aí o motorista me viu caída na rua e pôs freio no caminhão - praticamente com as rodas traseiras quase em cima do pneu dianteiro da moto. 

Em segundos vieram os curiosos, o motorista e o ajudante para me socorrer; explicando que de repente, o caminhão não conseguiu terminar de subir o morro; e que ele e o ajudante não me viram atrás do caminhão. Queriam chamar o SAMU, perguntaram se eu estava bem, disseram que pagariam o concerto da moto.

Nossa! Moço, o Senhor quase me matou. Consegui dizer-lhe.

Acalmei-me, anotei a placa do caminhão e telefone da empresa em um papel; retornei à casa de minha mãe e chorei até. Bebi água. Enfim. Obrigada Senhor por me librar no caminho da morte. Ajude-me a honra-Lo pois, quero gastar meus dias servindo-te. Te amo. 
   Anália Calixta