Após nosso batizado na igreja
católica, nossa mãe nos colocou em um banco assentados; Adélia três anos;
Aroldo um ano e meio e Anália com quatro anos - para registrar aquele momento com uma
foto. É claro que não sabíamos a seriedade de um batismo, éramos muito imaturos.
Enquanto o fotografo arrumava seu equipamento, meu irmão Aroldo muito pequenino
começou a se impacientar, estava firmando seu corpinho com as mãos por trás das
costas dele, mas viu nossa mãe, quis sair e eu segurando-o e começou a chorar. Senti
um amor tão grande por ele naquele momento que desejei cuidar dele, mesmo tendo
só quatro anos.
Anos se passaram e por providência
divina fui adotada pela família Novais Rubens e Núbia; mas nunca me esqueci
dele. Quase não via nossa mãe biológica depois da adoção, mas sempre estava
orando pelo Aroldo em especial. Quando ficou gravemente doente, Deus me fez saber
e lutei até com as forças das trevas em orações e jejuns para que Deus revertesse
seu quadro clinico e espiritual.
Sexta-feira estava na chácara em
Ilha Brava/Bagari e ele me ligou quase as 20h para dizer que ganhou uns peixes e
que havia pensado em mim e perguntou se eu queria. Disse que sim, mas não tinha
como buscar naquele momento. Ele saiu do bairro Vitoria e foi até Ilha Brava só
para levar o peixe para mim. Estava cansado e com fome depois de um dia de trabalho,
mas não mediu esforços.
“Olha, o peixe maior separei para você.” Fiquei emocionada.
Sinto-me muito feliz em ter um irmão
trabalhador, honesto, generoso, que posso ligar a qualquer hora da noite que me
atende. Sempre oro por você, até nas madrugadas. Desejo que tenhas paz. Que sejas
mais feliz, porque já sobrevivestes a muitos sofrimentos nessa vida. Apegue-se
ao Senhor a cada dia, Ele é a nossa força e a solução final. Te amooooo Anália Calixta