“Sua mãe faleceu Anália. Sinto muito!” essa foi a pior notícia que alguém pôde me dar em 18/09/2017 a 8h50. Tive a sensação de que meu coração parou por uns segundos e retornou os batimentos; acompanhado de copiosas lágrimas, sucessivas; ziguezagueando por minha face.
Experimentei a dor da solidão. A dor da separação. Um sentimento terrível de vazio; como se uma parte de mim estivesse se apagando, deixando de existir. “Como odeio a morte.”
Dia 13/06/2016 minha mãe foi às pressas para o hospital Samaritano, aonde os médicos deram-lhe duas horas de vida. O pastor Djalma da igreja Adventista, foi ungi-la e as “duas horas” de vida, dadas pelos médicos se transformaram em um ano, dois meses e 17 dias de vida. Conseguimos fazer uma festinha para ela dia 14/06/2017 em seu aniversário - aonde reunimos todos os filhos e a maioria dos netos e bisnetos. Ela ficou muito feliz!
A irmã Eli Teixeira há uns vinte dias atrás, me mandou no zap uma mensagem para reflexão baseada em “O choro as vezes dura muitas noites, mas a alegria vem pela manhã.” Uma semana após receber essa mensagem, tive alguns motivos que me levaram as muitas noites de lágrimas. Domingo, estava em um culto maravilhoso do batismo de pessoas amadas, aonde pude adorar ao Senhor, reca librando minhas forças espirituais e hoje cedo a notícia que nenhum filho/a gostaria de receber. "Sua mãe faleceu."
Nos dias 11 aos dias 14/09/2017 fui a sua casa todos os dias, resolvendo coisas para ela e meu padrasto. Na segunda-feira dia 11/09/2017 estávamos na cozinha com a sua cuidadora e comentei o quanto que ela gostava de fazer doce de mamão verde. Ela estava quietinha sentada na cadeira de rodas e assim que terminei esse comentário ela exclamou: “Eu ainda gosto de doce de mamão verde”
Ok, mãe! Vou fazer compra para você e vou comprar seus quitutes. Ai comprei chocolates. Banana prata que ela amava. Umas semanas atrás ela me disse que queria comer pudim. Mandei comprar na padaria um pedaço para ela. Meu irmão fez moqueca. Minha irmã Neide fez mingau de milho verde. Dormiu duas noites na casa da filha Adélia. Mas, jamais imaginava que iria falecer quatro dias depois.
Minha mãe tinha muito medo de morrer. Não estava nem conseguindo dormir à noite depois que o médico lhe disse a uns dois anos que seu potássio estava tão alto que poderia dormir e não acordar mais com parada cardíaca.
“Senhor, minha mãe tem tanto medo de morrer. Por favor, quando chegar a hora dela dormir o sono da morte; por favor, perdoe seus pecados, e não a deixe sofrer antes de morrer e nem perceber que está morrendo.” Obrigado Senhor por ter atendido esse pedido. Faleceu rapidamente.
Ela era linda! até doente dava para perceber sua beleza física. Tinha muitos amigos. As pessoas gostavam dela. Gostavam de conversar com ela. Também era brava, geniosa, mas ficava sem um centavo no bolso, mas pagava a todos que devia. Era inteligente. Gestora, corajosa. Qualquer filho que precisasse, ela “tirava da boca” mas ajudava. Criou até netos. E nunca negava um gole de café ou nada para qualquer pessoa que a pedisse.
Enquanto escrevo esse tributo depois da correria dos preparativos do velório, parei um pouco para ouvir o carro de som que contratamos, para anunciar seu falecimento nos bairros aonde morou. Como não chorar ao ouvir o falecimento de sua mãe.
Mãe é um ser incrível. Que ama, que corrige, que acolhe. Que você pode sempre contar. E quando ela se vai, é um dor indescritível.
Ela estava sofrendo muito. Nem sabe que morreu. Agora esta sobre o efeito do sono da morte. "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento." Eclesiastes 9:5
Agradeço aos amigos que intercederam por ela quando em vida. Agradeço pela oportunidade de ajudá-la nas suas necessidades.
Sempre me dizia que sofreu muito na vida e que poucas vezes se sentiu acolhida e feliz. Suas maiores alegrias era ver os filhos por perto. Plantar. Negociar. Trabalhar. Comer. Tudo regrado com muita fé em Deus.
Um dia mãe, espero poder ouvi-la me dizer:
“Anália, eu agora sei o que é ser feliz de verdade. É estar ao lado de Jesus Cristo para sempre.”
Espero que encontre todos os seus filhos e netos e familiares ao máximo na eternidade.
“Senhor Deus! Obrigada pelo anos de vida que concedestes a minha mãe Yraci. Quantos livramentos o Senhor operou em favor de sua filha nesses 73 anos, permitindo que ela estivesse ao nosso lado.”
vi a no caixão na igreja Adventista do sétimo dia a rua Raimundo da Silveira, 168 Vila Isa, aonde a senhora nunca foi membro, mas eu sou. E tenho muitos amigos que oraram por sua vida. Obrigada Senhor pelos anos de vida que permitiu minha mãe passar ao nosso lado. Eu te louvo. Sua filha Anália Calixta